Primeira transcrição e análise vídeo -Aula dia 04/04/2017



Iniciando os trabalhos em cima dos materiais disponíveis na interface https://teac12017.blogspot.com/ , passamos a analisar os vídeos e transcrever alguns momentos. O material dessas análises e transcrições é provisório: objetiva descrever o conteúdo dos vídeos de ensaios e já indicar momentos para uso posterior.

O vídeo do dia 04/04/2017 não é a primeira atividade do semestre. Hugo Rodas iniciou com um exercício de ritmo/movimento, a partir de contagem métrica, que trabalhamos juntos com a turma de treinamento em 2011, quando preparamos e não apresentamos a performance Números, baseada em Pitágoras. Sobre o tema, v. artigo do próprio Hugo Rodas - Números. Revista Dramaturgias, n. 10, p. 163–178, 2019. Link: https://periodicos.unb.br/index.php/dramaturgias/article/view/24874.

Depois desse exercício, muito difícil, é que começa o treinamento em si. Há algumas pessoas que já estavam participando do treinamento, entre elas as que haviam participado no semestre anterior do primeiro musical a partir desse formato de curso - Salomônicas. No início deste semestre de 2017, o grupo vota e decide não continuar com o musical. Opta por treinamento sem perspectiva de montagem. 








1-Ensaio dia 04/04/2017

 

Vídeo https://youtu.be/ZS3-iYrtk7Y

 

 

[Duas guitarras.

Começo com uma roda.  uma canção coletiva. Cada um canta três versos. 00- 15:10

Conversa sobre canto em cena. “não sofre 15:11- 19:03. Base dois acordes. Em – F#m,]

 

[Textos 19:04- Cada um apresenta trecho de texto prévio. Mudança por ele apontar. Pouco tempo. Vozes. Comentários de Hugo:]


Vocês não somam conhecimento. Estamos trabalhando voz, e vocês estão com a voz lá trás. Eu não devo falar frases. Eu devo falar palavras.

Ouve tua música. Não interpreta. Uma das coisas que vocês têm de aprender é se ouvir. Ouvir-se.   Eu trabalho com muito com o espelho. Eu trabalho minha imagem. Eu conheço minha cara quando estou mal.E conheço meus músculos.

Fechem os olhos. Fale. Só porque se sentiu julgada. Para onde olhar.

Qual é o substantivo/adjetivo que me provoca falar esse texto. Quando tiver a palavra, levante a mão.

Palavra- Resignação

Eu quero que você levante. Quero que você [aos músicos] toque 'resignação'. E você vai fazer uma dança de resignação.


[Base extensões de A]

Palavra – Conformação

Acompanhem o que ela está fazendo. Não faz coisas pra ela fazer.

Você toca outro e sai.

 

Palavra- Angústia

Palavra- revolta

Palavra- Tristeza

Palavra- Euforia

Palavra – Medo

Palavra – Ódio

Palavra – Frustração

Palavra – Rancor

Palavra – Curiosidade

Palavra – Indignação

Palavra – Ira

Palavra – Remorso

Palavra- Afirmação

Palavra – Arrependimento

Palavra- Plenitude

Palavra – Tesão

Palavra- sensualidade

Palavra- melancolia

Palavra – Dúvida

 

Exercício com palavras vai até 7:40 do aúdio 2.

Vídeo 2 : https://www.youtube.com/watch?v=p-XsWKuEurw

 

Hugo fala ok e começa a comentar, a partir de 7:41 vídeo 2

 

Alguns entenderam que era para expressar a palavra de sentimento do texto. E em outros trabalhos eu vi uma história, e não a palavra. E em outros eu vi muita interpretação. Perigo: quando não trabalha mais, e repete. Não a interpretação da palavra e sim sentir a palavra. A qualidade que você vê em alguns é o que os distinguem daqueles que sempre fazem os mesmos gestos.

 

 

11:27. Fazer novamente os mesmos movimentos, mas em aceleração. Sem música.

Tentem se lembrar do que fizeram.

solte mais a cabeça.

Rápido

17:02. A mesma coreografia agora com os textos

Nos tempos que vocês quiserem, mais lento, mais rápido.

É a sua música.

 

[no acompanhamento prestar atenção para não ficar por cima da voz]

Sem pedais

Trecho em 29:21- 30:28. Mais rápido com mais volume. Solta a cabeça

Congela. Mais grave.

 

Trecho 35:20- 37:26

(36:14).

Agora fica em pé e diz o texto sem fazer movimento algum.

Você tem a mesma sensação que estava falando o texto assim? Não.

Imagina o movimento na voz

Vocês perceberam a diferença, enorme? E ele acredita que está falando do mesmo jeito. Então, cadê a memória?

 

Eu fico em pé, eu interpreto.

 

Sobre os exercícios

Para os músicos:

Há uma coisa que a música tem de começar a descobrir: quando a música é melodia, em que momento do vazio é melodia, em que momento é só acompanhamento, e em que momento é silêncio. Por que às vezes é impositivo desse lado, sem necessidade e perde a coisa, o natural da coisa.

 

Segundo, é o que estávamos falando. Qual o exercício mais te impressionou.

A gente não acompanha o trabalho criativo dele.

Deixar de ver a pessoa e se divertir.

Avaliação.

Quebrar o exterior/ interior.

Preocupar com outras coisas.

Salvador Dali. Ele cria algo para ele poder se olhar. Sou um excêntrico.

Ter cuidado, com o que nos desvia a atenção.

Quando você mostra apenas aquilo que você consegue mostrar, e não aquilo que está pesquisando, investigando.

A palavra é ainda um problema.

Vocês têm de projetar a voz. Teatro de arena.

Proximidade dá ilusão de intimidade, e inibe a projeção.

Falo da voz muscular, e ñao. que penetre em mim, que ordene meus músculos, que ordene meu corpo, e não uma voz que sai, que eu obrigo pelo movimento do meu corpo a sair.

 

Terapêutico- reação aos exercícios.

 

Risadas nos ensaios, rir sem parar, vocês estão interferindo. Acho que vocês deviam perceber que vocês não são espectadores e sim trabalhadores como quem está em cena, o observar o que está sendo feito para aprender. e não para transformar isso em um espetáculo.

Contradição que eu adoro, entre movimento e compreensão de um texto.

 

 

 

 

 

Vídeo 3: https://www.youtube.com/watch?v=7ZCVtieYvhE

 

 

Esse elemento surpresa que dá o investigar e não o me repetir.

 

E vai à segurança, ao que é seguro para você

 

Todos temos que começar a investigar isso, quando nos repetimos, como nos repetimos.

 

Há várias pessoas que fazem o que já sabem fazer.

 

Há um grande problema com a maioria: não olham nunca em oposição.

Quase sempre, o que chamo de frontalidade. Ficam sempre como um soldado, um boneco.

 

Você sabe muito bem o que fazer com o público. Mas não fica aí pois vai ficar estacionado.

Nós somos terríveis. Nós estacionamos os outros. Parece que a gente não quer que o outro melhore. Vamos não festejar o que não é bom. E vamos começar a nos festejar saudavelmente.

Gostaria de ver mais o que estão trabalhando corporalmente.

Começar a sentir que você tem uma técnica, que você tem oposição, que você tem braços, mãos,

 

Dúvida corporal.

 

Estou muito acadêmico?

As vezes estou querendo que vocês aprendam

Eu nunca me havia sentido assim.



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