Transcrição/análise Aula dia 06/04/2017

 Ensaio dia 06/04/2017

 

Vídeo um https://www.youtube.com/watch?v=rlpLcEV1mVw&feature=youtu.be

 

[Saudações iniciais (0-]


Outro diz fiquei pensando nas reações ao que eu falo. Há pessoas que entendem, há pessoas que ficam machucadas.

É como se eu viesse preparado para me mostrar e não estar com vocês.

Sintam o meu bom humor

 

[Começa trabalho. 6:00

Nota A (Am) de base. Trabalho com voz. Ressoando a mesma nota.]

 

Quando começamos a trabalhar, você tem que ter a noção de onde você está.

Como pode se permitir ser outra coisa. Você estar aqui e ser outra coisa.

Ser uma troca total entre instrumentos, cada um ocupa um lugar. E sentir isso.

Se alguém tosse, imediatamente vamos ter que fazer uma percussão. E não deixar o erro, não deixar a pessoa caída lá.

 

Tocar de novo. Fechem os olhos, acomodem a coluna, sinta que não estão descansado, estiquem as pernas. Baixe o queixo, sinta o queixo no horizonte.

[subindo a nota em semitons]

Longas frases de respiração

É curioso como não sintam a continuidade da coisa e permitam que morra. Todo mundo respira e acaba no mesmo lugar. E não é verdade: todos temos diferentes graus de resistência, de respiração. Não faz sentido, é impossível que terminemos juntos. Não permitam que isso aconteça. É a mesma coisa com a corrida.

Eu gostaria de fazer uma pequena síntese.

 

[Exercício:  a partir de 13:58

corrida uniforme (regular). Uma bolsa no meio da sala

Em duplas. cada um vem da diagonal extrema, e se encontram e giram na bolsa.

Base de groove. A. Sequência de 4 compassos. Com variações.]


Não é pular. Passos grandes. Ir para frente. Voar. Peito pra dentro e braço pra frente. Não dobre a mão.

[Interrompe para comentar 23:50]

Há uma absoluta falta de respeito absoluta pelo trabalho do outro.

Eu saio e me preocupo apenas comigo, no lugar  de ver o trabalho do outro e descobrir o que tenho de fazer.

 

[Retoma (24:32). Mesmo exercício e música em looping]


A imagem é abraçar, abraçando.

Tronco pra frente, abaixa a cabeça

Olha o tempo(andamento), não troca a aceleração.

Agora se olhando

Interrompe (27:51)

Por passar perto da mala, você tem de trocar o ritmo. Faz maior o círculo. Dê uma volta maior. Não fica  te apertando, não fica te encolhendo.

[Volta música 28:15. Outro tema. Variação do groove, ser ser palhetado.]

Entra em transe com essa música repetida.

33:50: todo mundo voa

34:50. vai desacelerando. a música

35: 26: comando de câmera lenta. transição

[Hugo fala enquanto os artistas se movimentam]

Não faça coisa por fazer.

Sinta o prazer enorme em fazer.

Fechem os olhos

Façam o que quiserem

O que preciso fazer

Não para interpretar.

Pra me ver por dentro.

meus músculos

Meus cotovelos

O que estou pedindo não tem memória

 

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Vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=rKdOj2gTwIY&feature=youtu.be

 

Continua no vídeo 2

 

 

Sinto meu corpo inteiro e não da minha expressão e sim de meu físico, de meu movimento contínuo sem pausa. Sem pensamento. Não existe desequilíbrio. Sinta que não existe desequilíbrio. Investigue. Tem gente que não trabalha com a perna. Não sente a gravidade, o peso nos joelhos. Não interpreta, por favor! Investigue seu corpo.

Quero todo mundo trabalhado em uma gravidade enorme. Enorme! A aproximação maior que eu tenha com o chão. Em câmera lenta. A aproximação maior que eu tenha com o chão, não te mãos, de pernas, de corpo inteiro, de joelhos, de tudo – vou pra baixo. É uma coisa de linguagem. Não fica em um estado. a proposta é trabalhar a gravidade, todo mundo sabe o que é.

O peso do corpo pro centro da terra.

Trabalho do peso e controle de tempo nessa queda.

Não resiste cai.

A coluna estou vendo.

Os joelhos são o que mais vão.

Você está resistindo à proposta.

Mal muita resistência na cabeça.

Relaxa, devagar. Não precisa trocar de posição. Relaxar é onde está, não é sair, não é ir embora.

Silêncio

[Para em 8:01.]

 

Todos aqui diante de mim.

 

As vezes é muito difícil que não se entenda o termo “gravidade”, ser atraído pelo centro. Lutar contra as forças de gravidade.

Se você faz o trabalho frontal, vai dar muito mais trabalho, pois em algum momento você vai se trancar.

Se você trabalha em espiral e vai sentindo esse trabalho, você se ajuda.

Não é o torno e depois a perna. É tudo junto.

As posições têm de ser absolutamente diferentes, pois não somos iguais.

Não é fazer diferente, é que naturalmente seja diferente.

Está faltando o tempo contínuo, me acomodo quando eu quero,.

 Se o farol está vermelho, você não vai adiante. Aqui é igual. tem limite.

Exemplo

Cai em câmera lenta

A cabeça não cai.

Não relaxa porque está chegando. Vai até o fim.

 

[Mudança. Exercício com sofá (12:53- ]


Em trios

Câmera lenta.

Sem tentar interpretar, o acontecer realmente performático me leve a trabalhar não com a memória e sim fazer o que quiser com o corpo. não tem nada a ver com o outro e vou me relacionar com o outro.

[trio um 15:10. Música em A. comping lento.]

e falem o texto de vocês sem voz. Controlem o tempo, e não deixem que a interpretação me leve a fazer o que eu não quero fazer.

Não há nada que não tenha movimento.

Movimentem a boca com o texto.

Fechem os olhos

Quando a música a para, congelem.

 

[Trio dois: 19:44. Acorde.]

Trabalhar muito mais sons, e não melodias. Trabalhar com som, provocar coisas, criar espaços e não sempre ... metrônomo. Mas se perder na busca.

- Por que corta, em vez de deixar ir até o fim, em vez de encerrar [som] [tô sem pedal].[precisaria alongar a duração das notas. daí toquei mais forte pra não deixar o som morrer.]

 

[crítica] Tudo trabalha, joelho, pé, mão, dedo, cabelo.

As pernas estão imóveis, os pés também. Isso me faz buscar outros equilíbrios.

A mão, os cotovelos, estão repetindo. Não há nada que fique quieto. lento, controle o músculo, do tempo, caminho interior que rege toda essa combinação, que conduz.

O braço direito está morto, nunca abre. Procure o espaço. Sem medo de errar. Lento. Quando para a música, congela. Olhe o que produzem

 

[Trio três.]

É todo o corpo, o corpo inteiro está em movimento a partir de meu corpo. Não se preocupe em interpretar. Busque a figura.  Tá com um personagem, Tassiana. Não estou vendo braço, corpo, tudo. Não espera nada, cria tudo.

Lento, lento, não deixe que a intepretação domine meu tempo e não quero se relacione por meio do comum. Procurem no espaço sua forma, como uma ameba.

Controla o tempo. Em câmera lenta, troca a posição, não descanse.

Não quer fazer coisas. Quando você quer fazer coisas , você sai do tempo.
parou a música, congelar.

 

Trio quatro

[Música em dedilhado/acordes, som constante, como um acompanhamento de canção/poema]

Não mata o pé.

Pescoço, cabeça, tempo.

Não interpreta, faz, o que é permitido nesse espaço.

Por que continua o movimento se parou a música?

 

 

Trio cinco

 

[30:03] O que eu sinto as vezes, marcus,  quando a música faz (canta uma sequência) é lindo, me leva, me condena ao movimento. É diferente se eu crio só uma coisa, um clima. [Fica repetindo a mesma nota] Um acorde que se repete, e você que cria outros climas, senão é uma melodia eterna, uma voz na tua cabeça.

[Acorde em C9]

[Entendi que estava construindo uma música grande, com encadeamento de acordes, dentro de um exercício que demandava outra sonoridade, menor. Cuidado com a tal da melodia]

Cadê as pernas? Não trabalhem apenas com o dorso.

Cuidado com o tempo, não deixa patinar.

Não treme, então está mal. Apoia a perna no sofá. Porque que está fazendo algo que não pode. Não faz o que não consegue. E não fica parado. Não permita que o braço fique apoiado e não faça mais nada. Por isso que se força a perna. Quem sabe se o braço abrisse e fosse para trás, você conseguiria levantar a perna. Porque daí equilibra.

 

 

Trio seis

 

Troca o tom, pelo menos

[EM Edim. Abordagem cordal]

Procura o espaço, tire esse braço. Vai, abre, abre mais. Controla.

Parou a música. Mais ninguém para!

 

 

Trio sete

[Uma caminhada. Motivo meio cômico. Oposição entre cordas graves, aguda. Uso de ligados. Explorando o ritardando]

Não mantenham a pose. Esse braço já está muito tempo pegado a essa perna, por que está interpretando. Procura no espaço, tire esse braço da perna.

Trabalha teu torso, junto com o quadril. Não deixe a bunda apoiada sempre do mesmo jeito. Acomoda ela no movimento. Isso! Sente a oposição. Pé também, joelho, pra sentir essa oposição. O joelho direito tem de vir pra dentro e não pra fora.  Tira essas pernas daí , lento, lento. Leva o peso para o outro lado. É o peso do corpo que me movimenta.  Vai, abre teu braço. Isso, vai, investiga: você não vai morrer. Tá sentado. Abre o braço. Não tenta tocar o chão. Pra isso você correu. Não toca o chão.

 

Trio oito

 

Não te coloque em uma posição que não te permita trabalhar depois.

 

[Violão. Samba]

 

Tudo está em movimento. Não cabeça, pensando que está movimentando tudo, e não está.

 

 

Hugo vai para o sofá. E demonstra, tanto com todo o movimento junto, quanto com as ações isoladas.

O que eu sinto ainda é que vocês estão convencidos que estão fazendo.

Tudo junto.

[Guitarra Em, com vibratos e acorde dissonantes]

Viram? Não existe a ordem, é o trabalho do meu peso, do meu corpo, é o translado de peso.

Outra coisa: é muito melódico ainda:[47:20 – 52:06]

Toca um acorde grave.

O primeiro outra vez

Já entrou na melodia

 

Música dramática lenta, sem parar.

Ele fica regendo o volume

Esse é dramático.

Trocou?

Comece a trabalhar em música que não me leve a um lugar comum.

 

Não há nenhuma necessidade interior de trabalhar.

 

Não permitir que minha cabeça me obrigue a me repetir.  Você vê quando acontece isso.

 

 

Eu gostaria que colocassem esse banco em frente ao espelho e criassem uma cena se olhando

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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