Transcrição.Aula do dia 16 maio 2017

 Ensaio do dia 16 maio 2017

 

{Música hoje um teclado}

 

Vídeo 1

https://youtu.be/Wc9GJfKj714

 

 

{Sofá. Cena de grupo}

Isso. Cada um em seu ritmo. Não faz sério.

O mar, o mar, não a praia tomando sol. Sempre interpretam!. Cabeças flutuando no mar, flutuando.  Eu tenho que ver a cabeça, nenhuma outra coisa. Cabeça. Não se acomodem desse jeito. Sente mais. Sintem a água e a cabeça flutuando no mar. Todas as cabeças pra cima e olhando pra aqui. Me dá a cabeça. Olhem pra aqui. Sintam o que é a cabeça. Sintam o mar. Não, vocês não estão na mesma onda. Sintam o movimento, transmita, como a água e o vento transmite.  Não exagere, porque já interpreta, e perde a normalidade, a verticalidade da cabeça. Não fique romântica, cabeça flutuando pra frente.  Olhem pra aqui. Olhem! Congela. Em câmara lenta vem um vento forte da janela. Em câmara lenta. Mais forte. Mais. Mais. Não resiste. Sente a cabeça do movimento.  Não Faz isso. Congela e sopra do outro lado. Não Faz isso. Não interpreta. Está fora do trabalho, não fica na tua. Senta.  Congela. Sopra o vento de lá. Sente o tempo. Não é tão forte. Lento, lento, sinta sempre a coisa. Não interpreta. E volta lenta, não fica com você. Congela. Relaxa.

Por exemplo. Tem que sair da cadeira elétrica! Sente! Não se controla, sente o físico, a coluna, o trabalho das cervicais. Sente, não faz. Sente!  Sente como isso passa de vértebra a vértebra, como isso é realmente uma música, sentir que passa de vértebra a vértebra. E sentir isso de frente até o fundo. Congela.

{Nota grave suspensa. Intérpretes sopram, como um vento. Vai de 5:58-14:45 } Lento, olha a tua cadência, lento. Não pira. Está totalmente o contrário. Não trabalhem individualmente, por favor. Sintam o coletivo. Muito bem. Controle a cabeça, não faz esforço, sente o tempo, abre o olho, não viaja, olha de frente, de lado, relaxa a cabeça, mais , lento, a cabeça é o último, não o primeiro. Estica o braço direito. Estica. Estica! Não volta! Estica o braço, para o lado, isso está numa posição que não consegue acompanhar. E volta, volta. Aqui está o braço, não viaja. Sente o coletivo. Não espera a ordem. Não desça tanto, antes dos outros. Tira o outro braço, tira os dois, abre o olho, vai com o corpo, estica a diagonal este torço, e volta, sem tensão. Por que essa falta de controle. Não viaja, abre o olho, pra não receber ordem, fazer ao mesmo tempo, não serve. Não trabalha com a memória. Livre cada um nesse tempo, cada um livre, nesse tempo, com essa delicadeza, que não se note que estou fazendo algo diferente.

Vai no que quiser. Não se trave. Sempre em câmera lenta. Use o torso, use formas diferentes, não se repita, tire essa bunda de onde está, em câmera lenta, para de ficar sentado, procura, não dá ordens sem você.  Canta, Michele. Canta, Pepeu, junto com ela. Não se repitam, por favor. Fiquem livre, investiguem com o corpo. Entendam a entrada do som.  Congela. Curto circuito. Tremam , tremam rapidíssimo. Congela.  {Volta o canto} Congela. Depois do curto circuito, um pouco menos evangélico. {Mais ruídos vocais} Congela. Relaxa. {14:45}

 

14:51Vai indo bem. E aí de repente começa aquela coisa {Hugo refaz o canto do coro}.  E vai e fica horas. Tudo bem, adoro também. Entram em uma viagem comunitária chata, evangélica, gospel. Não é bom, não tem qualidade. {Hugo muda o ritmo para o mesmo tema} Dá no mesmo. Entra na comodidade, você não é criativo, não é partícipe de algo. Você apenas entra na festa. Não faz parte de um instrumento e sim de um ritmo. e não do que pode ser um instrumento dentro desse tempo.

Congela

{Novamente tema nas cordas. mas com variação melódica}

Parece um exército de fascistas, um regimento. Toca a musiquinha.

 

19:39 Vou partir para a pose mais divina minha. {Novamente tema nas cordas. mas com variação melódica}

 

21:08- Congela. Daqui todo mundo vai para um único objetivo. Todo mundo se transforma em Marilyn Monroe. Olho na plateia. Lento.

22:28: congela.

Depois vocês vão a MM de cada um .

Assim como estão. Acho que se vocês colocassem um pequeno sorriso como de bebê, seria Marilyn.

23:31{Hugo cantando} Sorria para mim, ponha um pouquinho de dentinho, em câmera lenta, deixa ver o dentinho, abre a boca, mostra o dente. Encolhe a barriga para ficar elegante. Aperta os braços para que o peito floresça. Sente o seio. Não coloca cara de toureiro, é de Marilyn. Não esqueça: saia de você.

Uma cara de bebê. Sempre encolha os joelhos, e tira a bundinha para trás delicadamente, Jazz. Lento. Congela. Relaxa

Isso é o que temos que conseguir como grupo. Essa diferença de qualidades educativas , quando você dá a proposta “sinta a Marilyn que há em você”, e você é você a Marilyn vai pra pqq, não serve. Isso é apenas uma provocação. Todo mundo tem essas

memórias. É pra desesperar. Sentir o que é entrar em um personagem.

{Demonstração de Hugo. Hugo retoma Marilyn cantando Happy Birthday } 27:06-28:04.

Não terminem até que não terminem.  Sentir um pouco mais isso.

Eu gosto que sintam a mesma provocação.  Vamos pedir agora o Obama de cada um.

Em câmera lenta. Não decide. Sente. Pra ficar em pé quando bate o vento. {teclado e percussão corporal. Uma marcha.}

Rotação. Para cima. Lento. Não se acomodem. Perdem o peso, dominar a gravidade, fazer isso lento sem interpretar. Só andar. Só andar. Reto. Pra frente. Sente o tempo. Anda normal. Só andar. Não interpreta. Alguém recebe um disparo e cai. {todos caem}

É terrível assim.  Mais uma vez.  Qualquer aluno contemporâneo faria isso.

33:44. Em pé. Correm no lugar. Corre, não pula. Ao mesmo tempo. No lugar. Mais rápido. Mais rápido. Olhem o tempo. Congela. Olhem o joelho. Mais peso na perna. Sente o peso. É a forma mais fácil de se equilibrar. No lugar. Trabalho de peso. Nunca pode ser o mesmo braço com a mesma perna. O peso está para frente. senão estou mentindo. Não treme. Faz oposição com os braços. No lugar. Congela. Não fica nessa posição forçada. Relaxa. Congela. {som de tiro. caiu um apenas} Todo mundo se dirige ao morto. O primeiro é o peso, antes de pensar no movimento. é o sentir o que tenho que fazer com meu corpo para virar para o morto.  E todo mundo vai de seu lugar para lá e cobre o morto, até virar uma montanha. Não pense, vá. Não pode ser assim, está de costas para o público. Lento, lento. Tudo é lento. Um grande cuidado. Equilíbrio. Não senta. É uma montanha. Dobra os joelhos, estão muito esticadas essas pernas. Muito juntas, muito altas, muito tensas. {38:58, cordas graves} Mas peso em teu corpo ao sentir a proximidade. Domina isso, domina! Dobra o outro joelho. Procura equilíbrio com os braços. Não force nada, só caia. Caia e fique. Fica. Quando estão todos em baixo, comece a protestar contra tudo já, em câmera lenta. Falando rápido.

 

 

 

Vídeo 2

https://youtu.be/66yZjUiMZmo

 

Morte. Não interpreta. Que eu veja o trabalho. Lento. Não interpreta. Só parar quando sentir. Tudo em câmera. Agora exagerando como cinema mudo, todo mundo vê um monte de inferno em frente dessa janela. Lento.  Fazer sentir o terror disso. Algo que não é teu, interpreta com o osso, com teu corpo, não com a cabeça.  Sente o braço, não interpreta, sente mais que faz. Congela. Curto circuito. Congela. Troca de posição. Troca de altura. Congela. Alguém levanta e dança. Carmen Mirada. E outra. E vai enchendo.  Olha o espaço. Não fica ocupando o lugar. Troca. Cabeça. Não se divirta tanto, trabalhe mais. Quadril. Congela. Só bunda. Mais ritmo e menos exagero. Só ombros. Ombros e braços. Relaxa os joelhos. Entra os quadris. E as cervicais. Carmen Miranda.  Cantem “Brazil” Congela. {Hugo vai pra cena 6:30. Cantando. Todos cantam} Congela.  Joelho dobrado. Ok.

Sentem um pouco aqui{Interrompe o exercício}

 

8:30 Hugo refaz os movimentos.

Pra que, se você não se cuida você interpreta. E não é você, é a sua memória, que ass vezes nem você conduz, é corporal. É como você entra numa casa alheia e tenta ascender a luz na parede errada.

Então, não sinto que tenham a objetividade crítica do movimento. Se eu tivesse uma objetividade crítica então começo ter outra atitude, uma atitude mais agressiva, contestadora. Fica tudo uma exibição de mim.  E são interessantes, diferentes, mas nada mais que isso. Fica uma coisa muito individual, que pode ser interessante desde que vocês preservam nisso uma qualidade de trabalho. Você pode ser livre e ser você, mas com uma qualidade de trabalho conjunto. Câmara lenta é câmara lenta, não significa 14 iguais e sim estar na mesma onda. Como conseguir isso?

 

Congela

EU quero ver vocês aborrecidos com a mesma música. No rosto. Câmera lenta. Não faz força. Sentem. Não é fazer coisas. É responder a alguma coisa interior, que me leva ao gesto lento, claro, seguro, muscularmente seguro. Não exagerem. Tempo. Olhem de frente.  Em câmera lenta cada um faz seu gesto de protesto. Lento. Todos juntos. cara e corpo. Bocas enormes, como de Guernica. Rostos gigantescos abertos, dentes, câmera lenta, abertos. E mantenham os gestos. Dentes. Abre. Congela. Vem com o dorso para frente com estão. Como se soprasse um vento atrás de vocês.  Gol! Gol!!

Levanta e canta como uma louca.

Estrangula o teu vizinho em câmera lenta

Congela. Ok

25:19

é bom começam sentir esse sentido de qualidade e quando alguém quebra é tão notório. Você vê, como está tudo junto, percebe-se. Um desequilíbrio é imponente.

Não gosto muito de dirigir a coisa. Mas quando eu vejo que dá pra tirar partido, não tem porque não ter uma orientação pra ficar mais rico, e pra não entrar em uma viagem. Por que as vezes vocês entram na viagem, e esquecem que é um exercício, que pode trocar tudo em um instante.

 

{Roda de conversa final} 27:00. Como foi pra você?

 

30:14

Sinto que vocês não costumam sair da primeira provocação. {Hugo Demonstra}

Viaja. Vocês estacionam. Não se permitem se perder para saber qual escolha exata.

 

 

 

Vídeo 3

https://youtu.be/1djXWA6ICVA

 

 

Vídeo 4

https://youtu.be/j5y1RIBNDCU

 

00:00 Vem cá. Vejam bem, o que eu acho um pouco careta {demonstração de Hugo sobre estrangular até 2:46.}

Por que você não pode passar por vários estágios e não por só uma intenção. Não quero fazer, me dá prazer. Como você se diverte nesse mundo de criadores . que vai descobrindo coisas quando está fazendo.  Pegar esse domínio, isso é você que vai se instruindo, sabendo de seu peso, o peso dessa posição, da estatura, da sua dimensão. Aí começa a coisa.

Eu quero propor que fizesse como se você a “Última Ceia” com esse banco. O banco é a mesa. Vai. Não pergunta: faz.

Alegria e braços.

Congela. Canta. Todo mundo se movimenta enquanto ela canta. Em câmera lenta.

Os que estão pé vão caindo ao chão.

Joelhos.

Congela

Todo mundo vai entrando na risada.

Samba

Congela

Ok. Aqui.

9:36

É meio louco quando deixam a qualidade quando entram na liberdade.

Voltam ao lugar comum.

Acho genial que todo mundo entre num samba pesado, mas não como uma marca.

Porque aparece um e depois aparecem dez.

Uma das coisas interessantes é que você não perca seu lugar. Que eu veja que são coisas individuais que vão se harmonizando sem se cruzar ainda. Mas que um célula que se posiciona nesse espaço até sentir, que vão entrando sem ordem.

Entenderam a proposta

O primeiro que quiser, que se levante.

Isto não está bem redondo {a rodinha das pessoas assentadas. Cada um vai se erguendo na roda, dançando sem sair do lugar}

Vai girando

Vai se soltando no espaço, sem perder o trabalho. Não se divirta.

Por exemplo, rapidíssimo, sem perder a qualidade. Aprendam a trabalhar.

Congela

Está tremendo porque teus joelhos estão presos. Dobra teus joelhos, sente o peso mais pra baixo.

Sambou

Troca de lugar

Sem parar. Como se fosse uma rua

Vai e volta.

Usa o braço, não se deixe aprisionar

Abre o cotovelo, abra seu espaço.

Congela

Só a Júlia. Por todo o lado.

Outro que quiser.

No lugar, sem parar. Rapidíssimo. No tempo, ritmo.

Congela

Só o quadril

Quadril e joelhos

Só o torso

E braços

Torso e braço e cabeça

Braço não sempre em baixo. Experimente.

Cada vez mais lentos. Está chegando a câmera lenta.

Lentos. Não pensa, no mais fácil, no que está em frente de mim.

Enforca

Lento

Peso pra baixo, lento, cada vez mais forte no pescoço, cada vez mais morto.

Lento. Domina o peso. Caiu. Mão. Caiu.

 Venham

21:35 Eu sinto que é curioso: o que parece mais simples é o mais difícil de se conseguir. E você fica muito sem interesse por ser simples. As vezes você não arremata seu trabalho por um desmérito que eu sinto. Não é geral isso.

É evidente quando você está se divertindo e sai do trabalho e passa a ser você. Não é mais um trabalhador , uma pessoa que está consciente de que está fazendo algo inconsciente pra fazê-lo. É difícil mas é por aí.  É uma liberdade consciente. Você sabe e dono de cada instante seu, e não de uma memória sua, contínua, que te leva ao mesmo caminho, mesma solução. É muito forte a memória do gesto com a voz e o pensamento.

 EU sinto que não somos donos da imagem que provocamos. Como se em vê de fazer um Guernica, você faz qualquer coisa. Como sentir isso.

Há gente que está pegando muito bem.

Bom : saber porquê.

A câmara lenta está muito melhor. Mas estão esquecendo o peso. Tudo o que é rígido cai.

Não vejo a maldade do personagem.

Todos desse setor com cara de Judas. Coluna de Judas, olho de Judas. Lento. É dentro. A traição de dentro.

Não quero ver ordem, não quero ver trocas. Todos são Judas.

A traição está em qualquer lugar. Trabalha com tudo, torso, olho.

Não interpreta, preocupe-se por uma resposta honesta, física, e não gestos que passem por minha memória.

Braço morto é difícil, na câmera lenta é impossível.

Não esquece o personagem.

Aprendam a fixar o olhar, penetrar com o olho para frente, não pedir permissão.

 

 

 

 

 

 

Vídeo 5

https://youtu.be/2uoO6rMObNk

 

Segura por dentro essa traição

 

Congela.  Não faz algo que não pode.

Deixem entrar o ritmo bem devagar, mas eu tenho de ver. E você vê no seu companheiro. Não fique olhando para o chão hipnotizando em si mesmo. Sente o tempo como está passando na coluna de todo mundo, como se marca, como estou junto. E vai trabalhando o gesto, o gesto vai crescendo com o movimento.  O rosto vai ficando alegre. Muito olho, muito olho. Olho grande. Trabalhem o ritmo. Foi o primeiro que pedi.  Mais alegre , o corpo mais alegre. Já ficando genital. É um equívoco de tema. Levanta esse braço pra deus, abre o peito pra ele, mexe o peito pra Deus. Pra cima. Abre mais {“Bate o que não tem”}

Para

Cuidado com tua memória. Você fez natação? Você nada pra caralho.

 

 


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