Transcrição aula dia 29/06/2017

 https://youtu.be/ohRIgNBnp4Q

Hugo na cadeira. Marcus na guitarra. Grupo em frente, em roda.

Roda inicial

Hugo:

É sempre com a ideia de democracia. [lendo suas anotações em uma folha de papel]

Estão caídos no chão. Começa a música. E vocês no chão. Aí começa um esforço para vocês se levantarem. Esse esforço começa pela cabeça. Tentem se levantar a partir da cabeça. Quero trabalhar no tempo da fotografia, como nos pequenos slides.

Como se fosse um nascimento com forceps, como se fosse uma barreira que não consigo ultrapassar.  E vou tentando me levantar. Quando estou conseguindo, a uma determinada altura caio. E daí a tentar e depois caio. Isso não é nada uniforme.É cada um em seu tempo. Até então todo mundo ficar em pé. Olha o que escrevi:

No chão. Cair. Tentar levantar. Conseguir à meia altura. Tentar buscar um horizonte com o braço. Como se fosse um boneco, não como se fosse um ser humano. Com atitude de boneco. Cabeça de boneco. Por exemplo. Fiquem em pé. Todos. Se olhem no espelho. Procurem trabalham como um boneco. Tudo flexionado - joelho, braços.Abre a perna e fecha. Cotovelo, abre e fecha. Sem camêra lenta. Nunca um movimento completo. Para fazer um movimento tenho dois movimentos para chegar a um lugar. Ton-ton! Isso: ton-ton!  Fale ton-ton! Isso! [enquanto eles falam, comandos de movimento. Insiro som de batida de coração.] Troca. Troca braço! Vai caindo com esse movimento. Vai caindo. Caiu, ok! Levanta! Com o mesmo movimento. Não digam ton-ton. [insiro uma marcha em Am nos graves. Movimento harmônico pendularAm/ G] Tudo perna e braço, tudo junto. Cuidado, tá muito rápido. Não fica igual, não fica parado com os dois pés.Abre e fecha os joelhos. Parou! Boneco nunca fica assim [mãos pra baixo] boneco fica assim [mãos em oposição ], em contrário. Faça um movimento disforme, como se fosse quase macacos [monos] . Boneco feio, boneco mau, boneco assassino. [retoma a marcha] E para: são dois movimentos e para! [Hugo fala, enquanto os estudantes agem] Ton-ton!Ton-ton!Ton-ton! Troca as pernas! Ton-ton! Ton-ton! Ok. [ Hugo lê suas anotações] 

[divide o grupo em dois subgrupos]

[para um] Para de caminha como um neném de mamãe! 

[para todos] Olha que péssima roda, olha que péssima educação de espaço. E porque uma roda? 


Caiu!

Para! Eu disse "dá trabalho sair do chão". Você, no segundo movimento, já está em cima sentada. Dá trabalho desgrudar do chão. É como se houvesse um imã grande que me puxa pro chão, que não me deixa sair. 

Não, não: desde o chão é [mostra os movimentos cortado]Ton-ton! Ton-ton! São dois movimentos, nunca um. Não posso confundir isso com câmera lenta. Estão me entendendo? E não é só o dorso ou a mão: é tudo. Como se fosse o conceito de câmera lenta: é o joelho, é o pé, e todo o trabalho de sair do chão. Mas é aí. Ó: a música está ajudando bem de algum maneira. 

12:06.  Ok, parou. Estamos mal. [Hugo faz a demonstração do que muitos do primeiro público estão fazendo.  Tá normal. Procurem coisas diferentes.  Os outros .[ chama o segundo grupo]

[troquei a música. baixei a sexta corda pra D. Fazer uma estrutura de oposição entre a nota grave em pedal e acordes]

Não tem desenho. Para! O braço ficou igual. Quero isso[demonstra] . Nasce um monstro, não nasce um ser humano bonito, lindo. Opressivo. Oprimido. Que quer arrebentar com tudo desde que nasceu.quer destruir tudo desde que nasceu. 

Ton-ton! Ton-ton!

Sintam o tempo dentro de vocês.

16:25. Gente, congela! [para para desmonstrar o uso dos braços e mãos]

O que me interessa é sentir que vocês possuem esse tempo Tan-tan! Tan-tan!

Todos juntos 

[Reafino o violão. Tema em Em, usando as cordas soltas. Slides, não usando tão graves.]


Muito melhor. Agora diagonal[mudança no exercício.]

19:35. Como um mostro, na diagonal, usando os dois tempos. Música

[ slide . base cordal Am.] 

[Cada estudante entra e apresenta individual seus movimentos. Desafio: produzir uma sonoridade para cada estudante. 

n.1. base cordal. alguns comentários do Hugo. Enquanto o estudante ia produzindo ações satisfatórias dentro do exercício, Hugo ia pontuando positivamente - "Isso! Isso!

N.2 [Variação da base cordal, com mais gestos agressivos, cortes, golpes]

Hugo:Não é contínuo [ a estudante não seguiu o comando do exercício - dois tempos] 

Para! Dá um tempo! Dá um bequadro! [sic!] É Ton-ton! e parou!Ton-ton!parou. Você não acabou de ver? não é diferente.

[interrompe] O que eu quero é o torso virado para cima. Olha, põe o peito pro teto. Essa braço tá normal. Isso!

Qualquer outra coisa esticada não é isso

Abre o peito, desloca, quebra!

Desloca o tronco! Não fica com o tronco igual que o quadril.

N. 3[ Fui mudar o tema. Hugo falou. Não, igual!]

Opõe o tronco ao quadril. Quebra o eixo.Põe os braços pra tras, desloca ele de lugar.[ finalizando sua sequência] Arrisque passos maiores!

[ Na diagonal, como em um desfile, cada estudante apresenta movimentos a partir dos comandos propostos. Hugo acompanha as ações com comentários. O que ele vai aprovando ele vai dizendo : isso! Isso!]

n. 4

[em 26:28 inseri um crescendo. Hugo interrompeu dizendo que issso ia trazer instabilidade para a intéprete. Ele passou a marcar o ritmo para o qual eu devia voltar. ] [para o músico]Disciplina, senão vai enlouquecer ela.

[Aqui e em outros momentos percebi que haveria outras possibilidades que um looping eterno nesse exercícios de interação entre som e movimento]

n. 5

Caminha! Não é pra ficar parado no lugar. 

n. 6

Solta a cabeça!

n. 7

n. 8

Cabeça solta!

Opõe dorso e quadril!

Não vai pro chão. Não quero o chão agora.

Deforma mais. Quebra o quadril, quebra a cintura.

n. 9

Quebra pra tras! 

Observa a diagonal!

Use a perna[apoio]

10

Não faz sem pensar:quebra o dorso e desloca. O corpo quebrado. Mais baixo. 

A cabeça está sempre no eixo.

[emendou no exercício de quatro frentes. mesma música. a fila recomeça. mesma estrutura da diagonal. mudou apenas o comando]

1-

2- Não quero normal. Não quero uma figura linda. Quero uma figura monstruosa. Os joelhos estão quebrados, o braço está quebrado, o dorso está quebrado.Tudo quebrado.  

Não vai pro chão. Não quero chão. 

O braço está sempre igual. Usa o cotovelo. Desloca o cotovelo.

Isso. Vai, caminha assim.

3- Quebra a cabeça!

4- abre mais os braços!

5- olha as pernas!

6- A cabeça! abre os passos!

7-

8- passos grandes. pernas esticadas não é bom. Quebra mais!

9- Encolhe o braço pra tras.

10-


[Nova dinâmica. No lugar de individual, em grupo. ]

42:02. Todos juntos pra mim.

mais juntos. mais apertados.

Mesma música.

Agora façam o mesmo e se olhem para o espelho.

Não fiquem em linha. Grupo e não linha. 

Se olhem no espelho. Quebra o torno. não fica reto.

Fiquem no meio. Vão girando. No sentido do relógio. Rodem.

Congela. 45:44

Cai [tempo no chão]

Não se acomodem. Fiquem onde estão. 

46:58[Hugo pede para eu tocar seguindo o ritmo de uma percussão que está tocando fora da sala. Começo com uma base mais aguda, de oposição de intervalo de segunda maior. Indo e vindo. Hugo pede para eu baixar o volume]

Monstro em câmera lenta. Não decide.

Pequenos estertores.

É o mesmo tan-tan, só que lento. separado.

[o ritmo para lá fora. emendo um quase samba, com nota pedal]

Quero ver os dois movimentos - ton-ton. Só estou vendo um.

Olhe pros teus companheiros. Sente.

Mão tensa. Mão quebrada.

Cada movimento digam  De-mo.

Congela. 52:26.

[volta a música} 52:33.

Congela: 53:34

Como esse jeito que vocês estão fazendo pode ficar mais anormal?

Vira o troco. Junta os joelhos. Já está melhor.

Põe o torso ao contrário.

Agora quebra a cabeça. Olha pro teto.

Olha pra mim. Isso.

Deforma mais o corpo.

Olha que diferença.

Relaxa devagar. Devagar...























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