Transcrição e Análise de Movimento - Ensaio dia 06-06-2017

 

Transcrição e Análise de Movimento – Ensaio dia 06/06/2017


Vídeo 1: https://youtu.be/TSZTQEWOfAU (Tem apenas 6 segundos)

 

Vídeo 2: https://youtu.be/VnoP0TUcpUM (Tem apenas 19 segundos)

 

Vídeo 3 : https://youtu.be/IyK6eVSs4nI (Tem apenas 32 segundos)

 

Vídeo 4: https://youtu.be/0F1w65ktc9Y


Pequena conversa filosófica do Hugo (00:00 – 04:20): Hugo fala da sua atitude perante a arte (1).



Observações do Hugo:

    1. Eu acho que já é hora de não termos problemas. Esse negócio de ficarmos segurando uma sala porque estamos assim… Eu acho uma bobagem. A gente faz na rua, faz em qualquer lugar. Realmente eu nunca fui assim. Eu não dependo de ninguém pra fazer. Se eu quero fazer eu não dependo de ninguém. Faço em cima de uma árvore, onde for. E é difícil achar gente assim, hoje em dia mais ainda. Todo mundo quer ganhar dinheiro. É miserável. Eu não sei porque as pessoas permitem isso dentro da arte delas.

    2. Trabalhando o tempo, trabalhando o espaço, sentindo esse desenho. Não se preocupem com a interpretação. Depois vamos trabalhar isso.



Notas do Pesquisador:

    1. (Sobre 1) Trata-se de uma atitude política perante a produção artística. Não apenas uma realização de um ofício, mas sim de uma pulsão criativa que independe das circunstâncias ou dificuldades do momento.



Aquecimento da apresentação da Democracia (04:20 – 36:16): A coreografia segue o seu rumo como no último encontro. Quando chega na parte da marcha conjunta com as camisetas no alto o Hugo, sem falar nada, dirige os passos do coro em um andamento lento. O coro grita “Fora!” repetidamente até correr. A bomba explode e todos caem.



Observações do Hugo:

    1. Sentir o espaço entre eu e o outro, sentir tudo. Está mal, tem gente com uma distância enorme entre si e outras apertadas. Essa falta de observação pra mim é grave. É necessário que você sinta isso e não que eu te diga isso.

    2. Braços! Todos!

    3. O que é uma vergonha é que eu digo “samba” e é uma vergonha. [mostra o movimento lento em que dançaram]. Meu pai dançava assim em 1930. Não sentem o tempo, sentem o cansaço. Sentem o tempo de velho, de derrotado. Samba é samba. E não confundir samba com puterio. Samba para mim é alegria é positividade.



Notas do Pesquisador:

    1. (Sobre 3) Algumas noções não são apenas orientações de cenas, mas sim observações pedagógicas que visam treinar os artistas para ter domínio do seu ofício.

    2. No momento da levantada em 5 fotos, o Hugo pede para que o Marcus (na guitarra) não faça um som literal. Ao que ele responde com uma melodia não usual que o coro segue intuitivamente. Ao seguir a música “literalmente” o coro impediu a música de se tornar assincrônica com a imagem. O Hugo para imediatamente a cena para corrigir isso. Mais uma vez vemos a criação do Hugo sendo feita no próprio momento da cena, desta vez articulando o som e a imagem.

    3. (Sobre 4) O uso de todos os membros do corpo é uma constante no trabalho de coro do Hugo. Frequentemente é fácil perder o uso dos braços quando se está preocupado em acertar a cena.

    4. Em toda essa coreografia é perceptível o trabalho com os Parâmetros do Movimento.





Fim da Aula/Ensaio

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