Transcrição Aula Vídeo ensaio 09/05/2017
ensaio Vídeo ensaio 09/05/2017
vídeo 1
Link https://youtu.be/6lTp4vmesP8
[Guitarra Carlos]
00-2:46 Hugo comentando sobre espetáculo que tem relações sobre o treinamento.
“Penetrando”. No CCBB, sobre um transexual.
2:47. Hugo repassa treinamento anterior. Duas pessoas do mesmo sexo se enfrentando. Pela primeira vez. Estava burilando um ser humano. Eu nunca fiz isso antes. Estou experimentando com vocês.
Sofá
Todo mundo trabalhou seu texto
Aqui plateia
Estou com enfisema.
6:14. Eu queria ver o texto.
[Performances individuais]
Eu quero que você faça Hamlet, mas com sua mulher.
Uma das coisas que vou te pedir, Carlos, no outro dia com Marcus, foi muito interessante, Marcus não fez o mesmo ritmo, nem o mesmo tempo, nem a mesma melodia para cada pessoa. Olhava para a pessoa e enfocava em algo. Então a mudança (câmbio) significa defender alguma coisa. Aquilo que podemos fazer com isso.
Performance 1 (um performer, texto, sofá} 7:34-9:16
Olha suavidade que ele está fazendo. Você olha para a guitarra mas não olha para ele.
Melhor. É só olhar.
Ouve ele
9:17 Ok. Congela. Existe um problema. É teatro. Quero te eu ouvir. A emissão e o movimento estavam bem. Mas a falta de projeção pode ser por timidez por estar fazendo a mulher. Por que parou de tocar o braço?
[Volta a cena até 10: 54]
Congela. Segue com o masculino a partir de agora.
[Carlos usa pedais. delay]
10:24. Vejam bem, uma das coisas que eu acho que não está bem é a falta de colocação da voz segundo um trabalho muscular e sentir a coisa. A voz ficou no mesmo registro, com a mesma entonação, e a única coisa deu significado ao homem a violência. E a violência feminina? Por que teria de trocar a mulher?
Estamos todos trabalhando para descobrir o que precisamos fazer.
Performance 2.
13:21- [vou fazer como homem ou mulher. Hugo- Eu não falo mais nada]
15:29 Ok. Eu tive dúvidas totais quando você começou. EU não vi o homem. Eu sinto é que não chegamos ao fundo da coisa. Sinto que ainda o texto é igual, o que troca é a coreografia. O texto é igual, com o mesmo tom, com a mesma velocidade, não sinto aquele trabalho com a voz muscular, o que o músculo me obriga a ter outra voz. Se eu fosse uma maestra: “a voz não troca suficiente para acompanhar o que você faz. “a voz acompanha de outra maneira a tensão muscular na mão, ela me dá a música para que o meu movimento tenha outro movimento, outra postura,
Performance 3
18:06-
20:19. Você não trocou nunca. [tentei] Alguém viu os dois? Eu senti uma energia masculina no começo, mas muscularmente como estava afetado uma mulher, como uma pessoa afetada. o que falávamos para Arthur. Pra você não é fácil fazer uma mulher, pra você é fácil fazer um estereótipo de uma mulher. Não era um homem, não era uma mulher. Qual a diferença que existe em tudo isso?
Performance 4
21:49-
23:54. Ok. Eu vi coisas curiosíssimas. Quando você parecia um homem, quem falava era uma mulher. e quando você falava como mulher, você parecia um homem. Muito curioso foi. É bom falar para ter um retorno
Quando fazemos um gesto, tem que pensar no que fazem para o público. O que estou fazendo
Performance 5
26:15
29:11. Ok. Eu vi a mulher no começo, sem texto: Por quê? O trabalho é com texto. Não era sem texto. E quando aparece o texto você deixa de ter um trabalho orgânico para passar a mostrar o que você não mostra sempre – sua interpretação. Ou seja, não está evoluindo nesse sentido. Você continua mostrando o seu dote de ator, e não um trabalho orgânico com o corpo. Por exemplo: deita como no início. Tava super linda a pose e o cara não aproveita. Percebem que nem sabia como estava. Eu saberia como estava. Agora fala. [...] Não estou ouvindo. [...] Ok. Você não que poderia intensificar mais o feminino. É outra coisa que vocês têm de aprender: quando vocês falam, por que não é orgânico? Porque vocês repetem uma letra de memória que não tem nada a ver com essa situação. É um texto que não tem nada a ver com a posição. [Hugo se levanta.]
Vocês acham que projetar é apenas falar alto. Eu posso ter tempo para isso, eu posso ter pausa pra isso. [Começa a recita Ave Maria.... Faz vários papéis] Tem uma coisa que me vem de dentro para poder fazer isso e não fórmulas. Estou combatendo a fórmula. Tentem ao vir aqui não ir para a fórmula, mas sim ir ao sentimento do que é isso, do que estamos tentando fazer.
Performance 6
33:51
36:32. Congela. Este é o melhor que você fez até hoje em aula. Pelo menos você deixou de ser você. Isso é fantástico.
Vídeo 2
00- [Ainda o comentário sobre a forma de falar as palavras]
Não sabe sustentar. Com você vai buscando seu grave. Tentem isso para encontrar uma maior variedade de registros.
Performance 7
0:56-350
4:26 Essa foi uma das coisas melhores do exercício, como você conseguiu as mudanças sem cortar. Isso é o que chamo quando eu falo no exercício: quando correrem, sintam que tem uma linha e não parem. Foi estupendo. Me emocionei. Quase chorei de felicidade de te ver. o entendimento da linha
Performance 8
6:34-
6:50.ok [Hugo refaz a cena. Eu sinto]
Chama ele desde o começo. Não se acomode. Esse ator que você tem acaba com você
retorna 8:31-9:37
Você não fez o trabalho e não a interpretação.
Termina uma coisa e começa outra. Você vê o ponto, não vê a linha.
Performance 9
10:38 -13:18
13:19
Eu não sei se sou surdo, é baixíssimo, é muito baixo. E nasci pra teatro grande. Eu nasci pra três milhões de pessoas, eu não nasci para uma pessoa que está do meu lado. senão
estaria casado.
Houve bastante ligação física e não oral. Vocês precisam começar a ter confiança na voz.
[para Carlos]
Há ausência de graves. Está muito soprano o som. Aí você toca, Não toque!
Crie sons. Não tente uma melodia, crie sons.
Performance 9
16:39-
17:0. Ok! Pare! Entendem o que eu falo? Você fez um movimento maravilhoso e quando você falou passou a interpretar. Por que você não acompanhou tudo com a voz? Por que tem de sentir confiança em determinado momento pra isso e não sentir o orgânico de teu corpo. Comece igual com o texto.
18:07. Quando você fala, volta a normalidade. Se você consegue fazer câmera lenta e a voz te acompanha em câmera lenta. Não se acomode.
19:23
20:37. Bom, eu não consegui ver , a voz foi a mesma do começo ao fim, e a linha foi uma coreografia que você fez para acompanhar uma voz exatamente igual sem nenhuma inflexão entre o que seria masculino ou feminino. Você vai ver o vídeo depois. Normalmente não acreditam. Acham que o que estavam fazendo é suficiente. Não. O que estamos fazendo é tentar descobrir uma música interior que acompanha um gesto yang com um gesto yin. E qual é essa voz? Mostramos em vários exercícios. Pra que fazer isso? Quando você vai aí [no centro do palco] não é pra fazer algo seguro pra você. Quando você vai aí é para trabalhar e descobrir-se. Me surpreender com o trabalho e não me reafirmar. Estou aí pra procurar, pra tentar fazer um exercício, e não para fazer uma demonstração. Não estou te criticando, estou te ajudando.
Performance 10
22:50-24:34
24:35 É uma pena que não acreditem na câmara lenta. Porque eu estou pedindo que seja em câmara lenta e quando vocês vão, vocês interpretam. [você antecipando as coisas, não vivendo cada instante. Memória corporal]
26:52 [Hugo vai para o sofá e refaz movimentos performance 10] Se você tivesse feito em câmara lenta. Lento assim, sentir que você arrisca, que você trabalha interiormente, sem respostas imediatas. Com a câmara lenta não sei para onde vou. e quando eu sei para o que fazer, parecia de mentira. Na minha aula não é para ninguém ficar triste, qualquer coisa que você faz é para corrigir, para ter mais pique, pra ficar pra cima.
Apreciar a tentativa de fazer algo diferente do que você faz. E isso te deixa sempre no mesmo lugar, num poço. Tente sair do poço.
Performance 11
30:08-32:38
33:39- Fica sentado. Sem fazer nada. Fala esse texto no registro mais grave que puder. Há um problema, isso é o que tento corrigir. Há uma afetação ao emitir a voz tanto ao fazer o homem e quanto a mulher. Não se sabe o que está acontecendo. Você vai de uma mulher para uma pessoa muito afetada. Afetada nos movimentos, afetada na voz, que está muito mais perto de um estereótipo que da mulher em si. Para isso que estamos fazendo o trabalho. Ou é um homem afetado, ou é uma mulher afetada. Mas não é essa essência que estamos tentando pegar. Eu sei que você está entendendo.
Fala agora. E você foi se acomodar, sentir teu lugar de segurança. Eu sempre falava para o Manfred: ele chegava sempre a um lugar que era o mesmo. Há uma afetação corporal que acaba com o trabalho. Ele não permite que a condução da voz me leve ao movimento e não o movimento separado da voz. Não o movimento separado da voz. Isso é o que o chamo de afetação. Estamos trabalhando uma coisa específica.
Performance 12
37: 22-39:40
39:41. Ok. Acho que foi o teu melhor
Vídeo 3
0:09 Aqui claramente você o que eu chamo do ponto. Ele faz o movimento, ponto, fala. Ele faz outro movimento, ponto, fala.
Normalmente a voz não troca.
O mesmo texto falado do mesmo jeito do começo até o fim.
Performance 13
2:36
[Para o Carlos]
Espera. Isso é o que estou te dizendo. Olhou para a guitarra, e não olhou mais pra lá. Olha para a cara dele.
2:57- 4:10
Há uma falta de sustentar um pouco o trabalho pra você sentir, entrar nele,. Está fazendo outra coisa,[no lugar de mudar rápido]
Está bem. Mas há uma falta de comprar a coisa.
Porque eu tenho de trocar de gesto e de tudo. E a voz.
Performance 14
7:38-9:43
8:38 Sai da câmara lenta
E uma coisa que eu odeio: é que quando interpretem movem a cabeça. Isso significa que não estou na voz. Você mesmo se abandona, entra no caminho da interpretação e não da busca. Homem efeminado não é uma mulher. é outra coisa.
Você pensou vou me sentar e depois levantar. Aí começou a ficar tudo falso. Não pode se dar ordem. É só fazer, falar e fazer. Sentir. Vou trocar porque o gesto me leva a trocar.
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